Quadro 7: "Mãe"

Heureux Noel

Menina dos Olhos de Água

Afinal quem é que manda aqui?

Praia...

Poema em linha recta

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cómico criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado,
Para fora da possiblidade do soco;
Eu que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu que verifico que não tenho par nisto neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo,
Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu um enxovalho,
Nunca foi senão - princípe - todos eles princípes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana,
Quem confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó princípes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde há gente no mundo?

Então só eu que é vil e erróneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

(Álvaro de Campos)

A mais pura verdade...

"Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade."

Arte 6 apoia PORTUGAL

Run...

Uma pequena homenagem a um GRANDE Homem...

Aqui fica a minha pequena homenagem, a um atleta que nunca vestiu as cores do meu clube, mas que me habituei a admirar pelas suas prestações dentro e fora dos relvados. Além do guarda-redes de eleição que era, foi um acérrimo defensor dos direitos dos animais. Sem dúvida que se perdeu um grande ser humano... Robert Enke, descansa em paz "guardião"...

Me & You against the WORLD...

Squander

Amor que morre

O nosso amor morreu... Quem o diria!
Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta,
Ceguinha de te ver, sem ver a conta
Do tempo que passava, que fugia!

Bem estava a sentir que ele morria...
E outro clarão, ao longe, já desponta!
Um engano que morre... e logo aponta
A luz doutra miragem fugidia...

Eu bem sei, meu Amor, que pra viver
São precisos amores, pra morrer,
E são precisos sonhos para partir.

E bem sei, meu Amor, que era preciso
Fazer do amor que parte o claro riso
De outro amor impossível que há-de vir!

(Florbela Espanca)

Sacrifice

Se o coração é o lugar onde nasce o amor
Então para onde vai o amor quando morre?
Volta ao coração onde nasceu
Ou transforma-se em lágrimas nos olhos?

Parque da Cidade no Outono

Quando te disserem...

Quanto te disserem que morri
não penses que me matei por ti.
Morrer não foi fugir,
morrer foi encerrar um livro
com as páginas finais ainda por abrir.
Quando fechei os olhos
há muito já eles tinham desaprendido
o hábito de olhar.
E a minha boca fechada,
rigorosamente fechada,
continha a voz silenciada
do muito sabor a nada,
do nada para dizer.
Foi sossegar
não foi morrer.
Quando te disserem que morri
não penses que me matei por ti,
matei-me porque o meu corpo
estava farto de si.

Quadro 6: "Quinze"

CANIDELO em Grande...

Pioneirismo...

Os olhos do mundo...

Um é canadiano, um é americano e os outros dois são... Latinos ou lateiros?

Chora, mas não implores...

Sou um ser, sem o ser
Sou uma pedra no chão,
Presiso de tornar a nascer
E viver sem coração.

Dentro do meu coração
O mundo é diferente,
Todo ele é de algodão
Todo ele é mais atraente.

Quando te apetecer chorar
Chora, mas não implores,
Porque se implorares a alguém
Esse alguém vai querer que chores.

Tudo o que existe no mundo
É obra não sei de quem,
Talvez do Deus em que acredito
Ou simplesmente de ninguém.


PC (também já escrito à muitos anitos ;)

Cavalos de Corrida

"sem título"

Vontade subita de escrever
De escrever uma história,
Relatando o que é a vida
Sem falhas de memória.

Há quem chore por dor
Outros choram por saudade,
Mas quem é que sofre mais?
Quem é que sente mais a realidade?

O sal das lágrimas é doce
Tão doce que chega a azedar,
Lágrimas que correm sobre o rosto
Lentamente até nos lábios tocar.

Lindos lábios belos e profundos,
Mas são teus, apenas teus,
Os quais eu queria beijar
Por isso rezo a Deus.

Este é o início da festa
Ou melhor, tudo começa aqui,
Como um pedido de sobremesa
Correspondido com morangos e chatili.

PC (à muitos, muitos anos)

Doce mistério...

A arte da diferença.

Triste

O desespero mata lentamente
É frio e descose o coração,
É parente chegado da dor
E amigo intímo da solidão.

As lágrimas já não fazem sentido
São apenas gotas desperdiçadas
Mas, nem tudo está mudado,
As lágrimas continuam salgadas.

É sério aquilo que digo
Nem sempre me entrego a ilusões
Mas, digo apenas por dizer
Não quero despedaçar corações.


PC (12-12-1996)

The Gossip - "Heavy Cross"

The Story

Dedicado à minha MAGGIE...

Decidi colocar esta mensagem para demonstrar que um simples gesto pode não mudar o mundo, mas pode mudar-te a ti...

Esta é a Maggie quando a fui buscar ao Canil Municipal de Gaia (canil de abate). Esta linda cadelinha tinha a sua morte "marcada" para o dia seguinte. Como ela muitos outros animais iam ter o mesmo destino...

Tive dificuldade em "escolher" quem haveria de salvar a uma morte certa, a minha vontade e a vontade de quem tem alguma sensibilidade e bom senso era a de salvar todos.

A forma como aqueles lindos seres me olharam, marca, e hoje quando vejo um animal abandonado lembro-me desses olhares.

Acho que não fui eu que escolhi a Maggie, foi ela que me escolheu, ou pelo menos fez para que eu a escolhesse. Até o funcionário da Câmara Municipal insistia para que eu a escolhesse a ela,

e assim foi...

Esta é a Maggie algum tempo depois de ter saído do canil... Apesar de ainda ter alguns traumas devido ao sofrimento que passou, é uma cadelinha feliz e que me faz feliz a mim. Claro que por vezes ladra, claro que larga um pouco de pêlo, claro que a tenho que levar à rua a passear, claro que tenho que tratar dela quando está doente ou envelhecer, mas que me importa se tenho uma amiga fiel e amorosa sempre presente, que me tem um amor incondicional... Vá de férias, mas não abandone o seu fiel amigo, e se puder adopte um animal com responsabilidade.

O novo "ARTE 6"

Este singelo blog "Arte 6" deixou de ser desde hoje (28 Julho de 2009), um blog com comentários apenas dedicados à pintura em acrílico. Serão aqui expostos também:

• PENSAMENTOS: Os que me atormentam e perseguem...
• PALAVRAS: As que digo por dizer e as que sinto ao dizer...
• ACTOS: Sentimentos que se me escapam e traduzem em meras tentativas no campo da pintura, fotografia, vídeo...
• OMISSÕES: Tudo o que mais me assolar e tentar...

Quadro 5: "Um dia mais"

Quadro 4: "Bipolar"

Quadro 3: "A Árvore"

Quadro 2: "Caminhos do Marão"

Quadro 1: "Mar da Madalena"